Enquanto os grandes jornais brasileiros, como o Estadão, neste domingo, assumem posição firme e pedem um “basta!” para o desgoverno da presidente Dilma Rousseff, em Goiás O Popular faz o jogo do lulopetismo e tenta desclassificar as manifestações deste domingo como “revanchismo e violência política” – palavras do “cientista político” Pedro Célio dos Santos, que nunca escondeu a sua simpatia pelo PT, para se referir ao movimento pelo impeachment de Dilma, em reportagem assinada por Fabiana Pulcineli na edição deste domingo.
Para O Popular, existiria um “clima de tensão e acirramento” permeando as manifestações – colocação que ecoa o forte investimento dos petistas para amedrontar as pessoas com intenção de participar dos eventos.
A matéria de Fabiana Pulcineli também insinua que as manifestações dariam margem a “ações imprevisíveis e abalos na democracia”.
Segundo a jornalista, “cientistas políticos” estariam apontando a “polarização desmedida e crescimento da intolerância e agressividade como preocupantes”. De novo, aqui, o jogo de palavras para diminuir o comparecimento aos protestos.
O enfoque de O Popular para as manifestações é único dentre toda a imprensa nacional. O jornal, na prática, estabelece a mesma medida tanto para as manifestações pelo impeachment de Dilma quanto para ações de violência como a invasão da sua sede por baderneiros pagos pelo Movimento Sem Terra e pela CUT.
É uma vergonha.