Ainda não chegamos ao fundo do poço quando o assunto é saúde pública em Goiânia. Reportagem publicada pelo jornal O Popular mostra que já chega a 15% a evasão de profissionais de saúde dos quadros do município desde 2011 porque a prefeitura não investe não oferece boas condições de trabalho para estes médicos, enfermeiros e técnicos. O déficit de médicos nas escalas de plantão já chega a 63.
“Quase 40% dos médicos da Secretaria Municipal de Saúde não são efetivos, o que aumenta o risco de desfalque nas escalas. Eles recebem por plantão e a série de problemas pode levar mais profissionais a parar de trabalhar a qualquer momento. A infraestrutura inadequada é outro agravante. Com vidros quebrados, paredes com tintas descascadas e infiltrações, unidades de Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) obrigam pacientes de emergência a se virar para conseguirem o primeiro atendimento. Faltam maqueiros”, relata a reportagem.
O Popular diz também que a espera por um atendimento eletivo (que não é considerado caso de urgência) pode durar até quatro meses, no caso de a consulta ser com um endocrinologista. Para marcar horário com oftalmologista, a demora pode ser de três meses. “Em vez de ter garantido o direito à saúde, eles sofrem na longa fila de martírio”, completa o texto.