quinta-feira , 18 julho 2024
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Aposentadoria de Iris deixa sucessão em Goiânia embolada e tende a favorecer Delegado Waldir

O ex-governador Iris Rezende anunciou nesta quarta-feira que está deixando a vida pública e então fica de fora da sucessão da prefeitura de Goiânia. A decisão do cacique peemedebista mexe no tabuleiro porque Iris era o líder das pesquisas e favorito para ser prefeito da Capital mais uma vez.

Pelo menos por agora, a desistência de Iris tende a favorecer o deputado federal Delegado Waldir, que em alguns cenários aparecia empatado tecnicamente com o líder do PMDB.

O problema é que o primeiro debate, realizado pela Rádio Sucesso FM, mostrou Waldir sem conteúdo, perdido ao falar de propostas e excessivamente nervoso quando é confrontado por algum rival.

Veja a carta de despedida de Iris Rezende:

“Nenhum político deve mais a Goiânia do que eu. Se ocupei os cargos que ocupei, tudo começou em Goiânia. Aqui cheguei com 15 anos, em 1949, vindo do interior, mais especificamente da zona rural, com a finalidade de estudar.

Nove anos depois, em 1958, Goiânia me elegia vereador, o mais votado da capital até aquele momento. Em 1962, fui eleito deputado estadual, até então, o mais votado de Goiás. Somente os votos de Goiânia seriam suficientes para minha eleição.

Mais três anos se passaram e, aos 31 anos, era eleito o prefeito, em 1965. Portanto, Goiânia me fez conhecido em todo o Estado. Procurei, seja como prefeito ou governador, retribuir o que recebi desta cidade.

Basta lembrar que Goiânia não convive com favelas. Ainda jovem, aos 31 anos, eleito prefeito pela primeira vez, priorizei a casa própria como um bem fundamental. A capital é a única cidade de seu porte que não convive com poeira e lama.

Goiânia é também a primeira cidade do País em áreas verdes e a única que não convive com a falta de água tratada. Quando governador, em 1983, construímos o Sistema de captação do Rio Meia Ponte, que até hoje abastece toda a capital.

Construímos o Centro de Convenções, o mais moderno do País à época; a rodoviária, o Palácio da Justiça, os viadutos, praças, entre tantas outras obras importantes para Goiânia. Em cada canto dessa cidade há uma marca do meu trabalho e dedicação.

Em mais de 50 anos como homem público, posso dizer, com orgulho, que Goiânia jamais se envergonhou de mim.

Conhecido o resultado da última eleição para governador, em 2014, tomei uma decisão, de foro íntimo: encerrar ali minha carreira política com a consciência do dever cumprido.

Nos últimos meses, porém, com o surgimento do meu nome com destaque em pesquisas eleitorais, percebi o interesse de uma parcela importante da população de Goiânia para que eu pudesse rever minha posição e considerar uma nova candidatura a prefeito de Goiânia nas eleições de outubro próximo.

Refleti muito nos últimos meses e concluí, enfim, que realmente devo finalizar a minha caminhada política.

Encerro, portanto, minha trajetória como homem público com a consciência tranquila e o coração em paz. Procurei retribuir como político e ser humano a tudo que essa cidade e esse Estado me proporcionaram.

Mantenho comigo o mesmo sentimento expresso pelo Apóstolo Paulo, no capítulo 4, da segunda carta a Timóteo, em que ele disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé.”

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