“Afronta à inteligência dos eleitores”. Assim o Jornal Opção define a proposta esdrúxula de Major Araújo (PRP), candidato a vice-prefeito de Iris Rezende (PMDB), de criar o Bolsa Arma municipal em Goiânia. A ideia é dar subsídio de R$ 1 mil para cada pessoa que quiser comprar sua própria pistola. O Opção diz que esta ideia absurda faz parte do processo de “policialização” da política na Capital, que o jornal considera prejudicial para a cidade.
Confira abaixo um trecho do editorial (para ler o texto na íntegra, clique aqui):
Quem verifica o espectro político de Goiânia imagina que a disputa eleitoral deste ano é mais um concurso para policial do que uma disputa para prefeito. Iris Rezende (PMDB), apontado como favorito pelas pesquisas de intenção de voto, tem como vice um político que, militar aposentado, adotou sua patente como prenome, Major Araújo (sua proposta de bolsa-arma é uma afronta à inteligência dos eleitores). Francisco Júnior (PSD) banca como vice o coronel Pacheco. O PR e o PT lançaram como postulantes a prefeito delegados de polícia, Waldir Soares e Adriana Accorsi. Nada contra policiais na política, mas a policialização da política, como se os problemas das cidades fossem (exclusivamente) policiais, não é benfazeja para a sociedade. Observe-se que os discursos atuais, de vários candidatos, contribuem, de maneira acentuada, para criar uma sensação de insegurança na sociedade. Não se está sugerindo que os eleitores condenem este ou aquele candidato, e sim que reflitam sobre o significado real de suas propostas ou, no singular, proposta. Por fim, segurança pública é um assunto sério, tão sério que está acima de questões meramente eleitorais…