Em artigo no jornal O Popular no domingo (14/08), o presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Hugo Goldfeld, analisa a principal pauta da eleição municipal deste ano: a segurança pública. Em Goiânia, praticamente todos os candidatos a prefeito e vereador se colocam como agentes capazes de resolver o problema da segurança na Capital.
Hugo Goldfeld relata que ouviu recentemente um candidato a vereador dizendo que melhoraria a segurança caso fosse eleito. “Eu me perguntei: Como? Será que o município tem condições legais para lidar com a segurança? Dentro de quais limites? Apoiado por qual legislação? Ou será que teremos a sobreposição de funções onde cada grupo joga a culpa nos outros, impedindo a eficiência do sistema?”.
O presidente da SGPA lembra que a segurança é de competência do Estado. “A responsabilidade da segurança é do Estado e deveremos cobrá-la dele. Se assim não for teremos em breve uma polícia civil municipal, uma polícia militar do município e até mesmo uma inteligência”, alerta.
“Vamos lutar para que a Justiça mantenha presos os criminosos e não criar novos custos para um município já bastante combalido financeiramente”, escreve. O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, que critica veementemente o que chama de “cultura da impunidade” e lidera movimento a favor de penas mais duras para os que cometem delitos.
Segundo Eliton, ao longo dos anos criou-se no país mecanismos alternativos de cumprimento de penas que faz com que criminosos perigosos sejam postos em liberdade, colocando em risco a vida da população. “Além disso, cerca de 80% dos crimes são cometidos por reincidentes”, afirma o titular da SSPAP.
Na eleição para prefeito, dois candidatos são delegados: Waldir Soares (PR) e Adriana Accorsi (PT). Líder nas pesquisas, Iris Rezende (PMDB) tem como vice o deputado Major Araújo (PRP).
Hugo Goldfeld ainda faz uma defesa a respeito de políticas públicas de apoio à criança e adolescente para que não sejam inseridos na marginalidade, papel este da municipalidade. “E quanto ao progresso? Crescimento depende, basicamente, de educação, saúde e trabalho. O que pretendemos em relação à educação? Somente que nossas crianças possam ler? Queremos nível de conhecimento para que eles não se transformem em marginais, para que não tenhamos que reforçar a segurança no futuro”, defende.