Um híbrido de candidato de oposição em Goiânia com a cabeça em Senador Canedo e que desdenha dos próprios aliados. Este é Vanderlan Cardoso (PSB), um político que se apresenta para eleição em para prefeito de Goiânia com um discurso confuso, mal acabado e que não firma posição em lugar algum.
Alheio a reclamações do governador Marconi Perillo (PSDB), que o apoia, Vanderlan continua a criticar políticas de gestão da administração estadual. Ele não perde, por exemplo, a oportunidade de atacar o modelo de terceirização dos hospitais públicos para as Organizações Sociais (OS) – um modelo cuja aprovação popular é elevada.
O projeto de Vanderlan é ser prefeito de Goiânia, mas não há chuva de canivete que o faça desencarnar de Senador Canedo, município que ele administrou por dois mandatos. São repetitivas tentativas de dizer que fará, da nossa Capital, um simulacro de Canedo – que, com todo respeito, jamais terá a dimensão e a importância que Goiânia tem.
Para alcançar o intento, o candidato afirma que vai pagar a campanha com dinheiro que vai tirar do próprio bolso. O jeito pedante e arrogante de falar remete, invariavelmente, às lembranças que o eleitor ainda tem do milionário Júnior Friboi – o rei do gado que pensou que poderia comprar os votos de Goiás inteiro em 2014.
O que é Vanderlan ou no que ele vai se transformar nesta eleição? Muito difícil prever, apesar do pouco tempo que falta para o encontro com as urnas. Trata-se hoje de um empresário sem identidade, que briga consigo mesmo e que não consegue encontrar o seu lugar no debate. É um Frankstein eleitoral.