Caiu do cavalo quem esperava um Iris Rezende (PMDB) repaginado para eleição deste ano. O candidato a prefeito de Goiânia mal começou a campanha e já alardeou a quatro cantos o desejo de reeditar os mutirões, se for eleito. A ideia dele é repetir o modelo na Saúde e na Segurança.
Mutirões seguem um modelo antiquado e reiteradas vezes rejeitado pela população – através do voto. Consiste em convencer um punhado de pessoas a trabalhar de graça para prefeitura na construção de casas, jardinagem ou pintura de meio fios, coisas assim.
Iris quer que as pessoas trabalhem de graça outra vez porque ele acredita que, em 1983, o modelo serviu para acabar com o déficit habitacional no Estado. Não acabou. Ele construiu a Vila Mutirão com mão de obra gratuita, capitalizou eleitoralmente os dividendos do projeto, mas o déficit continuou. Populismo de quinta categoria.
Iris não tem propostas para melhorar os serviços de Saúde. Não parte dele a ideia de reestruturar o sistema público, como fez o governador Marconi Perillo (PSDB) com os hospitais do Estado. Tampouco uma proposta para erradicar a falta de vagas nos CMEIs, que segue tão alta quanto era na sua administração. Mutirões? Mais do mesmo. Demagogia barata e desconectada do nosso tempo.
A mentalidade de Iris parece não ter evoluído, com todo respeito que ele merece. Seu jeito de fazer política é o mesmo de três décadas atrás.