O Jornal Opção desta semana afirma, categoricamente, que os bens declarados pelo candidato a prefeito Iris Rezende (PMDB) à Justiça Eleitoral estão subavaliados. O jornalista que assina a reportagem, Augusto Diniz, diz ter ouvido corretores que garantem que todos os imóveis declarados valem mais, muito mais, do que o valor rubricado pela assessoria do peemedebista.
Iris diz ter R$ 17,9 milhões em bens, menos do que suspostamente teria em 2014, quando concorreu na eleição para governador (R$ 23,9 milhões). Mas, diz, o texto, “só com a análise de alguns bens do prefeitável do PMDB e seu valor atualizado de mercado, teríamos, na visão desses corretores, um possível acréscimo significativo no valor total do patrimônio do ex-prefeito”.
Confira um trecho da reportagem:
Nessa lista, estão 23 lotes localizados no Loteamento Vera Cruz, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, que têm preço apontado, no registro de candidatura, de R$ 4.305,38.
Esses 23 lotes em Aparecida de Goiânia parecem um caso inexplicável para os corretores ouvidos pela reportagem, uma vez que, em uma consulta rápida na internet, não é possível encontrar um lote no município de Aparecida de Goiânia por menos de R$ 50 mil. Os corretores avaliaram o preço declarado — R$ 4.305,38 — e a localização desses bens. Para eles, o menor valor de mercado possível em cada um dos 23 seria algo em torno de R$ 100 mil, o que, na conta dos corretores, daria, por baixo, um total de R$ 2,3 milhões.
Em Goiânia mesmo, o peemedebista morou em um apartamento, que ainda pertence a ele, no Edifício Solar dos Buritis, no Setor Oeste. O valor declarado é de R$ 520.479,62. Ao pedir a análise de alguns corretores, um deles afirmou que o preço desse imóvel atualmente é algo em torno de R$ 1,5 milhão. “À vista, é possível negociar o pagamento e reduzir o preço para até R$ 1,2 milhão”, explica um dos corretores consultados.
Fora isso, há um apartamento na Freguesia da Lagoa, no Rio de Janeiro, declarado nos bens de Iris com valor de R$ 100 mil, com a data de aquisição em 2002. Em uma consulta rápida a imobiliárias e corretores cariocas, o preço mais razoável para qualquer bairro da capital fluminense na compra de um apartamento é de R$ 250 mil.
Com esses bens atualizados aos preços de mercado, o patrimônio do peemedebista subiria consideravelmente. E isso é só parte do patrimônio declarado avaliado por corretores de imóveis que conversaram com o Jornal Opção. Imagine o que aconteceria se o valor dos bens declarados de todos os candidatos fosse atualizado.