O Ministério Público de Goiás está movendo uma ação contra Manoel de Castro Arantes, conhecido como Fião, pai do candidato a prefeito Renato de Castro (PMDB), e também contra Gilberto de Castro, conhecido como Periquito, primo do deputado.
De acordo com a denúncia, que pode ser acessada no site do MP, em 2010, enquanto Renato de Castro era vice prefeito de Goianésia, foi montado um esquema para asfaltar as fazendas de Fião e Periquito. A pavimentação foi realizada com toda a estrutura da prefeitura de Goianésia por meio de um contrato de permuta.
Em 2010 foi feito um contrato de permuta onde Fião trocou o cascalho retirado de sua propriedade pela pavimentação completa de um barracão situado na sede da fazenda Taquari. A fraude ocorreu da seguinte maneira: o secretário de Infraestrutura, na época, Giovani Machado Gonçalves teria fraudado os valores. O cascalho custou R$ 25 mil e Giovani colocou o preço da pavimentação no mesmo valor.
Acontece que o metro quadrado do asfalto realizado na fazenda de Fião custou R$ 69,44 reais, enquanto o mesmo asfalto foi realizado no bairro Negrinho Carrilho saiu por R$ 19,78 o metro quadrado. Assim, o cascalho retirado da fazenda de Fião foi negociado a um preço muito alto com a prefeitura. Isso sem falar da mão de obra e dos maquinários que fizeram o serviço.
A promotora de Justiça, Marcia Cristina Peres, relatou que o mesmo esquema foi montado para o primo de Renato de Castro, Gilberto de Castro. Nesse caso eles asfaltaram um trecho de 1.050 m² da estrada Vicinal, que passa pela sede da fazenda Vereda, de propriedade do Periquito, e mais uma vez houve fraude, só que desta vez o preço foi jogado lá embaixo, apenas R$ 3,22 reais o metro quadrado.
Em um ano o asfalto custou: no caso do bairro Negrinho Carrilho R$ 19,78 reais, na fazenda de Fião R$ 69,44, e na fazendo do Periquito R$ 3,22. Uma diferença gritante dos valores utilizados em ambos os contratos.
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