A Espanha caminha para ser o primeiro país do mundo onde os jornais e revistas impressos deixarão de existir, substituídos pelas mídias digitais.
Exagero? Catastrofismo? Não. Desde 2008, mais de 200 jornais e revisas fecharam as portas na Espanha. Mais de 10 mil jornalistas perderam os empregos. Os números são trágicos: 132 revistas, 22 jornais pagos, dez jornais gratuitos e inúmeros outros de difusão local encerraram as atividades.
Um grande diário nacional, o Público, deixou de aparecer nas bancas em fevereiro de 2012, mas mantém a edição digital.
O maior diário da Espanha, El País, mergulhou em uma crise profunda, Cortou 15% no salário de todos os funcionários, demitiu 40% dos seus profissionais, eliminou as edições regionais e mesmo assim continua a um passo da falência, contabilizando prejuízos mês após mês.
Três outros grandes jornais diários de circulação nacional, gratuita, também não resistiram e desapareceram no ano passado.
Enquanto isso, as mídias digitais seguem em grande expansão na Espanha. Com o país dominado por sérias dificuldades na economia, o mercado publicitário está buscando alternativas mais baratas de veiculação e já transferiu 60% dos seus investimentos para a internet.