Em análise publicada no portal de notícias Diário de Goiás, o jornalista Altair Tavares desmonta a tese de que a propaganda que vinculou Vanderlan Cardoso (PSB) ao governador Marconi Perillo (PSDB) foi decisiva para vitória de Iris Rezende (PMDB). Altair prova que a posição geográfica do eleitor foi o fator que pesou nesta eleição, já que a região Noroeste é que desequilibrou a disputa.
Em praticamente todas as dez regiões da Capital houve equilíbrio entre Iris e Vanderlan. Se a propaganda negativa que associou o candidato do PSB a Marconi tivesse sido preponderante, como fazem crer alguns analistas políticos do Estado, não seria apenas nas regiões leste e noroeste que Iris teria aberto vantagem tão significativa sobre o adversário. A diferença entre os dois teria sido mais uniforme do ponto de vista geográfico.
Na região Noroeste, cujos bairros principais são Vila Finsocial, Jardim Nova Esperança, Jardim Curitiba, Morada do Sol e Bairro Goiá, Iris bateu Vanderlan no segundo turno por 70,26% a 29,74%. Já na região central da cidade, que além do Centro engloba setor Oeste, Sul, Aeroporto e Norte Ferroviário, Vanderlan venceu Iris por 53,26% a 46,74%. Se o problema do candidato do PSB fosse Marconi, nesta zona ele não teria superado o peemedebista.
Veja o quadro.
Confira abaixo a análise de Altair Tavares.
Regiões noroeste, oeste e sudoeste de Goiânia foram decisivas na eleição de Iris
O prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), obteve substancial diferença de votos em zonas eleitorais das regiões noroeste, oeste e sudoeste de Goiânia, das seis que ele saiu vencedor. Vanderlan Cardoso (PSB) venceu em quatro. O fenômeno foi identificado, durante a campanha eleitoral, pela pesquisa Grupom/Rádio 730 que deu especial ênfase ao voto por região.
Assim, com os dados oficiais, percebe-se que a posição do eleitor por região foi o fator mais influente na diferença conseguida pelo peemedebista. Ou seja, não foi a propaganda eleitoral do PMDB com foco na aliança entre Vanderlan e Marconi.