Em suas entrevistas de fim de mandato, cada vez mais melancólicas, o prefeito Paulo Garcia abusa da paciência dos goianienses ao inventar as mais esfarrapadas desculpas possíveis para o fracasso da sua administração e para a rejeição de 79% que conquistou conforme pesquisas como as do Datafolha e do Ibope – que o apresentaram como o pior prefeito dentre as capitais brasileiras.
Uma das alegações de Paulo Garcia, conforme sua entrevista ao jornalista Jackson Abrão, é que ele não investiu em publicidade – daí a sua elevada reprovação: “Fiz pouca propaganda, preferi gastar esse dinheiro com realizações de obras e projetos”.
Olha só, leitor, o tamanho da mentira. Paulo Garcia gastou – e muito, mas muito mesmo – com publicidade. Por ano, torrou entre R$ 30 a 40 milhões, distribuídos através de pelo menos quatro agências de publicidade contratadas pela Prefeitura – a Cantagalo, do publicitário Renato Monteiro, que coincidentemente fez a campanha da reeleição do prefeito e, neste ano, a campanha de Adriana Accorsi; a Casa Brasil; a Type; e a Cannes. Isso sem falar em uma quinta agência, a Mancini, que é desconhecida no mercado publicitário goiano. Todas seguidamente beneficiadas por aditivos milionários, conforme prova o Diário Oficial do Município.
Essas agências, por exemplo, inundaram Goiânia, no final de 2015, com outdoors caríssimos, feitos de lona plástica e plantados irregularmente em áreas públicas, “vendendo” a administração de Paulo Garcia como a melhor de todos os tempos. Os canais de televisão também foram invadidos por um tsunami de vídeos mostrando cenas fabricadas de obras que nunca saíram do papel ou então permaneceram inacabadas.
Ou seja: o pior prefeito do país enterrou milhões de reais dos contribuintes goianos em campanhas publicitárias que não conseguiram mudar a opinião dos goianienses.
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