“Fiz pouca propaganda, preferi gastar esse dinheiro com realizações de obras e projetos”, disse o prefeito Paulo Garcia em entrevista ao jornalista Jackson Abrão, na tentativa de justificar os altos índices de impopularidade a que chegou entre os goianienses (79% de reprovação, segundo os institutos Datafolha e Ibope).
Só que o prefeito, mais uma vez, está faltando com a verdade. Poucos governantes, no país, dispuseram de um aparato de comunicação tão caro – e pago pelos cofres públicos – e com uma equipe tão volumosa também custeada pelo contribuinte – quanto Paulo Garcia. Mesmo assim, os resultados foram desastrosos, conforme mostram as pesquisas.
Por que a comunicação de Paulo Garcia não funciona? Ou melhor: por que funcionou ao contrário, contribuindo a cada dia para aumentar a taxa de reprovação e de rejeição do prefeito, até bater o recorde dentre todas as capitais brasileiras?
São 5 agências de publicidade contratadas pelo Paço Municipal, uma delas, a Cantagalo, do marqueteiro Renato Monteiro, com verba anual de R$ 10 milhões. Isso mesmo: R$ 10 milhões, por ano. Com as 4 restantes, foram mais R$ 20 milhões anuais.
Mais: Paulo Garcia nomeou um secretário de Comunicação, o radialista Edmilson Santos, exaltado no portal da Prefeitura como dono de “uma vasta experiência em comunicação”. A Secom municipal tem orçamento milionário, dezenas de comunicólogos e funcionários, mas, ainda recebendo com a cobertura das 5 agências de propaganda, não conseguiu tirar o Paço Municipal da sua permanente agenda negativa.
Que gastou – e muito – com propaganda, Paulo Garcia gastou. Mas a sua incompetência administrativa foi muito maior.
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