Levantamento feito pelo jornal O Popular e divulgado neste domingo revela que o prefeito Iris Rezende (PMDB) terá de gastar cerca de R$ 430 milhões dos cofres do município para cumprir apenas oito das promessas que ele fez na eleição. Em tempos de crise, a sensação que a reportagem passa é a de que vai ser difícil ele cumprir tudo que propôs.
Vale lembrar que o Orçamento prevê 845 milhões para investimentos em 2017.
Confira um trecho da reportagem:
A promessa de recuperar 3 mil km de ruas e avenidas de Goiânia deve custar aos cofres públicos R$ 124 milhões, considerando os valores utilizados na concorrência internacional n° 001/2016, de maio deste ano. Além de recuperar o asfalto de ruas e avenidas, Iris prometeu pavimentar toda a Capital, o que significa asfaltar 31 bairros. Em seis deles, a administração atual já iniciou o trabalho.
Para 2017, o Orçaento previsto para área de Urbanismo é de R$ 96,5 milhões. Nesta rubrica entra também o investimento em iluminação. Para honrar o que disse a seu eleitor o prefeito eleito terá de investir cerca de R$ 74,8 milhões para trocar todos os 150.811 pontos de luz da cidade por lâmpadas LED. Esse é o valor de uma licitação realizada em novembro do ano passado para modernização de todo o sistema.
A promessa de zerar as vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) vai custar cerca de R$ 39 milhões para Prefeitura e a Educação ainda terá de arcar com a despesa de mais 15 mil vagas em escolas de tempo integral.
A presidente do Conselho Estadual de Educação, Esther Carvalho, chama atenção para o fato de os dois compromissos implicarem em outras despesas, além da ampliação do número de professores e de demais profissionais da Educação. “Essa oferta de ensino fundamental e infantill deverá ser feita em observância às normas e regulamentações do Conselho Municipal de Educação, para garantia da qualidade do atendimento e do ensino”.
O prefeito eleito prometeu também que todas as unidades de saúde funcionarão 24 horas, o que significa implantar o serviço de urgência em três unidades a um custo anual de quase R$ 17 milhões. O presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, duvida que o prefeito consiga cumprir a promessa, não por falta de profissionais, mas pela defasagem do salário pago pela Prefeitura, cerca de R$ 5 mil, e o que a categoria tem como piso, R$ 13 mil. “E não é só contratar médico, mas dar condições para ele trabalhar”, diz. Segundo o presidente, as unidades de saúde, da maneira que se encontram, não podem funcionar 24 horas. “É uma situação lastimável”.
O Orçamento da Prefeitura para 2017 será de R$ 5,1 bilhões, segundo o projeto de Orçamento encaminhado para Câmara Municipal; 1,12% menor (R$ 59 milhões a menos) que o de 2016. Algumas promessas estão previstas para serem cumpridas até 2018.