A polêmica entre o jornalista Helvécio Cardoso e o locutor e vereador Jorge Kajuru, pelas páginas do Diário da Manhã, atingiu um tom hilário nesta quarta-feira.
Tudo começou com um artigo de Helvécio Cardoso mostrando que Kajuru mentiu ao afirmar que o seu mandato estava em vias de ser cassado. O jornalista chamou o locutor de “louco de hospício” e definiu os eleitores que votaram nele para a Câmara de Goiânia como “tolos e pobres de espírito”.
Kajuru replicou. Entre outras coisas, acusou Helvécio Cardoso de ignorância por não ter lido o filósofo grego Sócrates – embora pouco se saiba o que isso pudesse ter a ver com o debate entre os dois.
Mas aí o bate-boca entrou num campo em que o jornalista é expert. Helvécio Cardoso é um dos intelectuais que mais lê em Goiás. Fala quatro línguas e costuma esbanjar em seus textos uma farta erudição, perto do que a cultura de almanaque de Kajuru tem a dimensão de um alfinete ao lado de uma pá carregadeira.
A resposta de Helvécio Cardoso, na edição do Diário da Manhã desta quarta, foi arrasadora. “Confesso que nunca li Sócrates. Nem Kajuru. Se ele disser que leu, direi que mente. Sócrates jamais escreveu uma linha. Ele achava que a letra matava o espírito. Foi Platão, o maior dos seus discípulos, que reduziu a escrito as doutrinas do seu mestre. Mas nem tudo que está em Platão é genuinamente de Sócrates”, escreveu.
E, pimba, ganhou a discussão.