O deputado estadual Major Araújo, eleito vice-prefeito na chapa de Iris Rezende, não vai assumir o cargo e, sim, permanecer na sua cadeira na Assembleia Legislativa.
Major Araújo tem tempo para anunciar a decisão que já tomou, ou seja, precisa renunciar à vaga de vice-prefeito até 31 de dezembro, já que, no dia seguinte, 1º de janeiro, seria o momento da posse.
Por enquanto, ele se faz de “surpreso” com a “pressão das bases”, que, segundo garante, querem que continue no exercício do mandato de deputado.
Mas isso é só fingimento. Major Araújo aceitou ser candidato na chapa de Iris, lá atrás, já sabendo que, caso eleito, não assumiria o cargo por razões bem práticas: o prejuízo financeiro seria grande. Um deputado estadual ganha muito, mas muito mais que o vice-prefeito de Goiânia, somando-se todas as benesses monetárias que a Assembleia Legislativa reserva para os seus 41 integrantes.
Se sabia que não abriria mão dessas vantagens pecuniárias e, portanto, não se transferiria para o Paço Municipal em caso de vitória, por que Major Araújo aceitou ser candidato junto com Iris?
É uma falta de respeito imperdoável para com o eleitor goianiense.