A exemplo de Fidel Castro, que, em um julgamento em que foi acusado de tentar depor o regime cubano da época, disse que seria absolvido pela História, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, espera que a péssima avaliação da sua administração seja reavaliada e aprovada pelo futuro.
Não vai ser. A História não absolverá Fidel, diante do peso dos crimes contra a humanidade que praticou, prendendo e matando milhares de pessoas e submetendo Cuba a um regime sem liberdades, assim como não vai absolver Paulo Garcia pelos seus 6 anos e meio de administração incompetente de Goiânia.
O legado de Fidel é de opressão. O de Paulo Garcia, de caos administrativo. Por que alguém, nos dias de amanhã, se debruçaria sobre os anos do prefeito petista em Goiânia e diria que, sim, os seus contemporâneos se enganaram e acrescentaria que ele teria feito uma boa festão?
Isso não vai acontecer. A História, na verdade, costuma confirmar os diagnósticos do presente. Fidel se eternizará como um tirano sanguinário. No caso de Paulo Garcia, ele será lembrado pela posteridade como ícone do que existe de pior na administração pública.