O prefeito eleito de Aparecida, Gustavo Mendanha (PMDB), é uma destas aberrações que o PMDB de Goiás produz em série: político novo, mas com discurso antiquado e preso ao passado. Neste grupo também estão incluídos o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, o deputado estadual Bruno Peixoto e o deputado federal Daniel Vilela. Ouça-os falar e você provavelmente se sentirá sufocado pela matreirice e pelos trejeitos que eles alegremente herdaram do velho MDB e decidiram cultivar.
Mas voltemos ao episódio central desta nota: Gustavo disse à imprensa que pretende reproduzir o modelo de mutirão que Iris Rezende (PMDB) criou décadas atrás em Goiânia.
O que se lê nas entrelinhas é que faltam ao prefeito eleito conceitos modernos de administração. Parece evidente que Gustavo carece de estofo intelectual para criar modelos novos de gestão. Os mutirões, se funcionaram no passado, não convêm mais à realidade atual. O que Aparecida e tantos outros municípios precisam é de prefeitos que saibam raciocinar e criar situações novas.
É temerário quando a única força que move um político é o desejo pelo continuísmo, porque este é irmão da inércia, primo da preguiça e pai do comodismo.