“Sem receber repasse de verbas do município, instituições filantrópicas contam com a colaboração da sociedade para continuar realizando os trabalhos. Em Goiânia, 37 associações estão conveniadas à Prefeitura para receber verbas anuais. Os valores, destinados às prestadoras de serviços socioassistenciais à população em situação de vulnerabilidade social, variam para cada instituição e são divididos em três ou quatro parcelas durante o ano. Mas, de acordo com o presidente do Fórum Goiano do 3º Setor e presidente do Conselho de Assistência Social de Goiânia, Arizio Ribeiro dos Santos, desde 2014 a Prefeitura não repassa as verbas destinadas às instituições regularmente”, revela o jornal O Popular em sua edição deste sábado.
É mais uma amostra do estilo administrativo do prefeito em fim de mandato Paulo Garcia, que deixará uma herança de caos financeiro para o seu sucessor, Iris Rezende.
A situação das 37 entidades filantrópicas conveniadas com a Prefeitura de Goiânia é de dificuldades. Conforme o presidente do Forum Goiano do 3º Setor, algumas instituições tiveram que cortar os projetos realizados por falta de verbas e estão em débito com fornecedores e funcionários. “Minha dívida está em R$ 120 mil por causa dos fornecedores e funcionários. Eu tinha seis cursos disponíveis para a sociedade, agora tenho um, porque eu ministro. Demiti 11 funcionários e trabalho sozinho porque não tenho mais dinheiro”, diz Arizio, que há 20 anos mantém o Projeto Semear, que chegou a acolher cerca de 200 crianças, no setor Andréia, em Goiânia. O secretário do Grupo Fraterno de Assistência Social, José Carlos Ferreira, conta que não paga o salário dos 37 funcionários que trabalham no abrigo para idoso desde setembro deste ano. Desde 2014 a associação promove ações para suprir as necessidades. “A gente se sustenta com doações, fazemos bazar, jantar e juntamos materiais recicláveis para obter recursos.”