Vaias, manifestações de hostilidade e suspeitas de envolvimento ilícito com o setor imobiliário. As primeiras horas do vereador Andrey Azeredo (PMDB) como presidente da Câmara Municipal de Goiânia foram difíceis. A má notícia para o queridinho de do prefeito Iris Rezende (PMDB) é que não há perspectiva de abrandamento de ânimos. A oposição a ele, apesar de pequena, mostrou que será barulhenta.
O bloco é liderado por dois vereadores experientes e respeitadíssimos: Dra. Cristina (PSDB) e Elias Vaz (PSB). Nele também está o campeão de votos da última eleição: o polêmico Jorge Kajuru (PRP). Fecham o time Paulo Magalhães (PSD), Kleybe Morais (PSDC), Priscila Tejota (PSD) e dois dos vereadores que mais se destacaram nas cobranças a Andrey nas últimas horas: Cabo Senna e Milton Mercêz, ambos do PRP.
Milton teve a coragem de apontar o dedo para cara de Andrey e acusá-lo de ser eleito com o empurrãozinho do setor imobiliário de Goiânia, que, nas palavras dele, convenceu “meia dúzia de bandidos a traí-lo” (Milton também era candidato à Presidência da Câmara). Paulo Magalhães e Elias Vaz ratificaram a tese de que as construtoras investiram na eleição do vereador do PMDB para o comando da Casa. Elias acrescentou que ele, Andrey, também foi imposto por Iris à sua base, como candidato de bolso de colete.
Dra. Cristina, ainda no domingo, chamou de “ditador” o novo presidente da Câmara por negar-lhe a palavra em uma discussão a respeito da composição das comissões legislativas.
Cabo Senna, por sua vez, subiu o tom de voz nesta segunda-feira para cobrar pontualidade de Andrey, que chegou duas horas (!!!) atrasado para o início da sessão, marcada para 14 horas.
Note, amigo leitor do blog, que tanta turbulência aconteceu sem que Jorge Kajuru abrisse a boca. Imagine o que vai acontecer na hora que ele resolver soltar os cachorros em cima de Andrey.
Importante dizer que existem quatro vereadores tentados a abandonar o grupo de aliados do presidente da Câmara em razão das suspeitas de envolvimento dele com o setor imobiliário. São quatro novatos que não querem ver o próprio nome manchado por tão pouco: Eduardo do Prado (PV), Alysson Lima (PRB), Anderson Bokão (PSDC) e Romário Policarpo (PTC).
Andrey que se prepare. Os próximos meses prometem ser eletrizantes.