O jornal O Popular analisa, nesta segunda-feira, o ritmo lento da Prefeitura de Goiânia sob Iris Rezende e a resistência do prefeito em promover cortes e mudanças na pesada máquina administrativa herdada de Paulo Garcia e a persistência dos problemas herdados da administração de Paulo Garcia.
Ouvido, o próprio Iris não deu a menor: “Eu centralizo tudo”, disse, adicionando um toque de arrogância a uma atitude que nada mais é do que a caracterização do atraso e de uma cabeça que vive no passado.
Ao centralizar “tudo”, Iris abre mão do que existe de melhor nos tempos de hoje: a inovação, o trânsito acelerado do conhecimento e as modernas ferramentas de gestão. A administração municipal de Goiânia não é mais acanhada como na década de 60, quando se resumia a um prédio e a uma garagem, e se tornou uma grande estrutura com milhares e milhares de funcionários e unidades esparramadas por toda a cidade.
É fácil constatar que o novo prefeito segue na contramão da tendência nacional de cortes e enxugamento administrativo que tem sido a prioridade dos gestores empossados neste ano. O que pode ser feito em uma semana, como a retomada da coleta de lixo e a melhoria do atendimento nos postos municipais de saúde, vai demorar meses, sob o ritmo lento que Iris vem mostrando.
A centralização é uma das piores formas de administração. Gestores centralizadores são pessoas que concentram problemas e, no final das contas, apenas evidenciam a sua incapacidade para gerenciar órgãos públicos.