Iris Rezende deparou-se na prefeitura de Goiânia, que assumiu em 1 de janeiro último, com um desafio que ele não esperava: como o mundo muda com rapidez cada vez maior, todos os macetes e truques que ele sempre teve para administrar, os mesmos a vida toda, não servem mais para resolver os complicados problemas colocados pela modernidade.
O velho cacique peemedebista começou todas as suas administrações, seja no governo do Estado, seja na própria prefeitura, do mesmo jeito: primeiro ele dá um breque em tudo, passa a fazer economia até de cafezinho, centraliza todas as decisões, não paga ninguém e depois, aos poucos, vai resolvendo os problemas e lançando obras novas, enquanto a sociedade aguarda pacientemente.
Mas, se essa estratégia funcionou no passado, agora não dá mais. Os problemas trazidos pela modernidade se acumulam e exigem solução rápida. A população, antes mal informada, passou a saber de tudo em tempo real e não tem tolerância para esperar as soluções que antes vinham no segundo ou terceiro ano de governo e teimam em repetir o mesmo cronograma.
O resultado está aí para qualquer um ver: Iris parece uma barata tonta. Tudo está em colapso na prefeitura: saúde, trânsito, educação, coleta de lixo, tapa buracos, nada para de pé. O estilo administrativo de ontem não consegue resolver os problemas da atualidade. Um prefeito que não tem email, não sabe abrir um computador, não anda pelas ruas e inexiste nas redes sociais não pode dar certo.