Há quase dez anos, para alegria das empresas do mercado imobiliário, o então prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) inaugurava o Parque Cascavel.
Em função da criação do Parque, previa-se um forte processo de ocupação da região Sudoeste da Capital. Mas não demorou muito até que as marcas do improviso se destacassem e se transformassem em pesadelo para as famílias que moram no Jardim Atlântico.
As barreiras de contenção construídas nas margens do córrego Cascavel provaram-se insuficientes para conter o carreamento de terra sobre o espelho d’água e, desde então, o processo de assoreamento aconteceu em ritmo acelerado.
A prefeitura, tanto na época de Paulo Garcia quanto agora, nunca soube dizer porquê ergueu manilhas menores do que o necessário para impedir o assoreamento, mas a resposta salta aos olhos de quem trafega na avenida Guarapari, no Jardim Atlântico: foi a incompetência de Iris e Paulo.
Hoje, só há mato no local onde havia um espelho d’água. Por ironia, a prefeitura tinha afixado placas nas margens avisando que era proibido nadar no córrego.
Em que pese a gravidade do erro de ter construído um Parque sem as devidas adequações de engenharia, Iris e Paulo cometeram outro pecado ainda maior: eximiram-se da responsabilidade de retificar a falha e estancar o assoreamento do espelho d’água. Lá se vão quase dez anos de omissão da prefeitura e não previsão para que o problema seja resolvido.
O que se sabe é que Iris passará uma maquiagem no local para os festejos do aniversário da cidade, no dia 24 de outubro. Vida que segue.