Em depoimento à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Goiânia que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), o ex-secretário Miguel Tiago afirma que assinou contrato prá-lá-de-suspeito com a empresa Trana por ordem do então prefeito Paulo Garcia (PT).
Este contrato, que a princípio previa a instalação de fotossensores na Capital, parece ter sido usado para prática de irregularidades. Vereadores afirmam que há documentos que apontam para duplicidade de cobranças e pagamento irregular para montagem de aparelhos que já estavam montados.
A SMT repassou, por mês, R$ 1.432 à Trana pelo monitoramento de cada uma das faixas usadas, o que deveria resultar em R$ 300.720,00. Contudo, o valor que a empresa pagava para a EIT executar o serviço era de R$ 90 mil.
De acordo com os vereadores, a prefeitura também pagou R$ 3.216.780,00 para equipe de instalação de equipamentos, valor que inclui 35 profissionais, encargos sociais e BID (Bonificações e Despesas Indiretas). No entanto, os radares foram reaproveitados e, por isso, não havia a necessidade de pagar por este serviço.