Ao comentar a morte precoce do ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia (PT), na madrugada de domingo, a ex-editora-chefe do jornal O Popular Cileide Alves disse que um dos erros capitais da gestão de Paulo foi “montar uma equipe ineficiente”, algo que este blog alertou ao longo de todo o mandato do petista (clique aqui para ler a análise de Cileide).
Era incabível cobrar eficiência da Comurg, por exemplo, enquanto ela estivesse presidida por alguém como Edilberto Dias, cujo único “mérito” era ser o principal defensor de Paulo nas redes sociais, batendo boca com adversários.
Não dava para esperar muita coisa de um secretário de Comunicação como Edmilson Santos, um jornalista que sempre viveu às turras com a língua portuguesa e que nunca produziu uma reportagem que alguém vá se lembrar no futuro. Alguém que só estava lá por ser companheiro de cachaça do publicitário Renatim Monteiro, braço direito de Paulo.
Que dizer dos antecessores de Edilberto? Luciano de Castro foi quase expulso do comando da Comurg pelo Ministério Público, que despejou sobre ele graves suspeitas de corrupção. E Paulo de Tarso conseguiu a proeza de ser o primeiro presidente da Companhia a não alcançar êxito nas urnas (tentou ser eleito deputado estadual, mas passou longe).
Lembram-se de Fernando Machado, secretário de Saúde? Teve o nome ligado a um esquema de favorecimento da empresa da própria esposa, num escândalo que envolvia pacientes em situação grave e ocupação de leitos da UTI. Fernando permaneceu no cargo, apesar das denúncias, até o fim do mandato.
A Educação foi entregue a Neyde Aparecida, a mais enrolada entre todos os auxiliares de Paulo Garcia. Não bastasse o histórico de condenações por compra de votos, Neyde também estrelou, na última gestão, o episódio de desvio de dinheiro da merenda de alunos da rede pública.
Por fim, como não falar Jeovalter Correia, o secretário-fujão que cuidava das Finanças e não atendia jornalistas? Jeovalter, como Edilberto, herdou o cargo apenas por defender Paulo no Twitter. A meritocracia vivia dias difíceis com o PT na prefeitura. Outros como Sebastião Peixoto e Andrey Azeredo viveram por conta do erário durante muito tempo, apesar de traírem Paulo o tempo todo e de permanecerem fieis a Iris Rezende.
Não tinha como dar certo. Paulo montou uma equipe horrorosa. Incompetente, ineficiente e que estava preocupada apenas em resolver questões pessoais enquanto durasse a mamata. O blog bem que avisou.