Depois de poucos meses, já é possível reconhecer dois aspectos fortes da personalidade de Fátima Mrué, a médica oncologista que o prefeito Iris Rezende (PMDB) buscou para ser a sua secretária municipal de Saúde: a primeira é a que Fátima aprende rápido (já sabe mentir como um político, por exemplo). A segunda é a que se vê na manchete do jornal O Popular deste sábado: é uma péssima gestora.
Falemos primeiro da sua habilidade para mentir como um político. Fátima, como o leitor sabe, nunca exerceu mandatos. Contam os assessores que, na véspera da posse de Iris, ela bateu na porta do prefeito eleito para pedir o cargo e ganhou, porque o velho cacique não tinha mais ninguém.
Fátima chegou brigando com colegas de profissão que prestam serviços no Cais, mas isto não vem ao caso. Ela mostrou como sabe mentir ao dizer que em três meses, contados a partir de junho, ela teria resolvido o problema de abastecimento de insumos nos postos de saúde. Na reportagem deste sábado ela já muda a história e diz que o problema só será resolvido no começo do ano que vem. Nada impede que, em janeiro de 2018, ela diga só daqui mais um ano conseguirá resolver a crise.
É claro que mentir, por si só, já faria da secretária uma péssima gestora. Mas tem mais: ela está deixando todos os Cais e postos de saúde sem insumos básicos, como luvas e esparadrapos, e sem remédios simples como Dipirona, Nimesulida, Amoxicilina, Paracetamol e antiplaquetários para auxiliar no tratamento de doenças cardíacas. O almoxarifado da secretaria está vazio, como mostra O Popular. Está tudo um caos e Fátima culpa (até quando??) um ex-prefeito morto pelo estrago.
Goiânia não merece isso.