A queda de Márcia Carvalho da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) pegou o meio político de surpresa. Ainda que a maioria saiba que mudanças radicais no primeiro escalão da gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) são prementes, há outros nomes que circulavam – e ainda circulam – com mais força nas bolsas de apostas. O principal é o de Fátima Mrué, titular da Secretaria da Saúde. Além dela, estão Alexandre Magalhães (chefão do Mutirama) e Samuel Almeida (Governo).
Os sete primeiros meses de Fátima como secretária foram penosos. Na semanas inaugurais da sua gestão ela arvorou-se em demitir todos os médicos conveniados e convocou-os a assinar contratos novos, em termos muito mais desfavoráveis aos anteriores (inclusive com redução salarial). Comprou uma briga que até hoje não foi totalmente contornada pela turma do deixa-disso (leia-se: Leonardo Reis, peemedebista histórico e presidente do Cremego).
A despeito da briga que comprou, as mudanças que Fátima fez não nos levaram a lugar algum. E, se levaram, foi para um patamar pior do que aquele em que Goiânia se encontrava no que diz respeito à prestação de serviços. Cais funcionam sem médicos há seis médicos, como mostrou reportagem da TV Anhanguera, e em outros o atendimento de urgência deixou de ser feito (como em Campinas). A falta de remédios tornou-se regra e, como mostrou o jornal O Popular de domingo, pacientes têm de comprar o próprio esparadrapo se quiserem ser atendidos na rede de saúde municipal.
São motivos mais do que suficientes para elevar Fátima Mrué à categoria de favorita na lista de auxiliares que devem cair na leva leva de modificações que o prefeito Iris Rezende (PMDB) promover. Se mantive-la no cargo, Iris assumirá o desgaste para si. E isto não é do feitio de Iris.