Investigados pelo Ministério Público no âmbito da operação Multigrana, que apura suspeitas de desvio de dinheiro do Parque Mutirama, os vereadores Kleybe Morais (PSDC), Anderson Bokão (PSDC) e Jair Diamantino (PSDC) apelam a todos os artifícios para provar que não têm intimidade com os outros denunciados pelo promotor Ramiro Carpenedo Netto. Até erram o nome dos envolvidos para dar veracidade às suas defesas.
Na sessão de segunda-feira da CEI das Contas Públicas, por exemplo, Kleybe errou de propósito o nome do ex-presidente da Agência de Turismo, Dário Paiva, seis vezes. Chamou-o de Dário Campos (que foi secretário de Finanças de Iris na administração passada) e disse que, se “tropeçasse do Dário verdadeiro na rua, não saberia quem ele é”.
Tanto ele quanto Diamantino aproveitaram a presença do ex-presidente da Agetul na CEI para tirar dele a afirmação de que nunca haviam se encontrado antes. Dário, solidário ao teatro dos vereadores, disse que até a sessão de ontem ele não sabia como era a cara de Kleybe e de Diamantino, que são investigados pela suspeita de terem tido benefícios do Mutirama para se elegerem em 2014.
Na sessão plenária desta terça-feira, Bokão utilizou o mesmo expediente e garantiu que nunca, na vida, encontrou Dário Campos e quem nem sabia se era alto, baixo, gordo, magro, ruivo, loiro ou careca.