O presidente da Câmara Municipal, Andrey Azeredo (PMDB), liderou manobra para tirar da pauta projeto do vereador Elias Vaz (PSB) que acaba com o aumento contínuo de IPTU e ITU na manhã desta terça-feira. Além de derrotado, Andrey foi alvo de críticas duras da oposição, que exigiu pedido de desculpas do presidente.
Estava em votação pedido de vistas do líder informal da bancada do prefeito Iris Rezende (PMDB) na Casa, vereador Oséias Varão (PSB), ao projeto de Elias. Andrey negou-se a colocar no painel a votação do pedido de vistas. Afirmou que colheria os votos do plenário no olho, permitindo assim que se abrisse margem para erros de contagem e chicanas da bancada de situação. Depois de uma contagem bizarra, afirmou que as vistas haviam sido concedida.
Deflagrou-se uma rebelião no plenário, liderada por Elias Vaz (PSB), Clécio Alves (PMDB), Jorge Kajuru (PRP) e Dra. Cristina (PSDB). Com dedo em riste, avançaram em direção à mesa diretora e acusaram Andrey de golpe. Sobraram diatribes também para o primeiro-secretário da mesa, Juarez Lopes (PTN), que auxiliava Andrey na manobra.
Acuado, o presidente foi obrigado a reabrir a votação do pedido de vistas e fazer a contagem no painel. Daí o resultado foi diferente: por 17 votos a 14, a manobra de Andrey, Juarez e Oséias caiu por terra. O passo seguinte foi colocar o projeto em votação. Já com a base de Iris em frangalhos e de cócoras, o projeto de Elias Vaz foi aprovado por 31 votos a zero.
A zero. Ninguém, nem os golpistas, tiveram coragem de votar contra.