O site GBrasil (clique aqui para acessá-lo) publica, por ocasião da morte de Nion Albernaz (PSDB), análise que encaixa o ex-prefeito no contexto da histórica ascensão do Tempo Novo em 1998, que elevou o jovem deputado federal Marconi Perillo (PSDB) ao poder e reduziu Iris Rezende (PMDB) a um político de dimensão municipal.
Confira o texto na íntegra.
Morto nesta quarta-feira, aos 87 anos, o ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz (PSDB) foi um dos grandes avalistas da candidatura do jovem deputado federal Marconi Perillo (PSDB) a governador na eleição de 1998. Uma eleição histórica, que consagrou o Tempo Novo e que reduziu Iris Rezende (PMDB) a um político de dimensão municipal.
Nion foi uma das estrelas de um espectro de líderes políticos bastante heterogêneo. Além dele, a base que deu suporte à ascensão de Marconi contava com os ex-governadores Otávio Lage e Henrique Santillo, os então deputados federais Ronaldo Caiado, Lúcia Vânia e Roberto Balestra (que era o candidato a governador do bloco até o último instante).
Nion, como Santillo e Lúcia Vânia, haviam sido vítimas do centralismo e do personalismo de Iris, que recusou-se peremptoriamente – e em momentos históricos diferentes – a abrir espaço para o crescimento deles no PMDB. Com Marconi, construíram um ambiente político muito mais democrático e plural, que não à toa convencionou-se chamar de “base aliada” e que resiste no poder até hoje, 20 anos depois.
Nion era prefeito de Goiânia quando Marconi venceu a eleição para governador, naquela que foi a maior catarse da política goiana desde 1982. Sua administração, focada na prestação eficiente de serviços e no resgate da auto estima do goianiense por meio do embelezamento da cidade, por a vitrine que o Marconi precisava para emergir. A administração de Nion foi o embrião do Tempo Novo.