sexta-feira , 19 abril 2024
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Caiado diz “eu” 57 vezes e “meu” outras 17 em discurso, segundo levantamento do site nacional GBrasil

Confira reportagem do site GBrasil (clique aqui para acessar)

Em pouco menos de 32 minutos de discurso no município de Cidade Ocidental, onde aconteceu neste sábado ato de apoio à sua pré-candidatura a governador, o senador Ronaldo Caiado (DEM) repetiu pelo menos 57 vezes a palavra “eu” e 17 vezes a palavra “meu” (ou minha), de acordo com o levantamento feito pelo site GBrasil a partir do vídeo postado na página do senador. O número deve ser maior, já que a transmissão se encerra pouco antes dos cumprimentos finais.

O evento foi o terceiro realizado pela base de apoio do senador, que apesar ter o reforço dos presidentes de partidos nanicos, não tem conta com as duas maiores legendas de oposição em Goiás: PMDB (que tende a caminhar com o pré-candidato Daniel Vilela no ano que vem) e PT (que não admite participar de uma coligação que não apoie Lula no plano nacional).

O discurso de Caiado no evento deste sábado, a exemplo do que aconteceu nos eventos anteriores, foi um misto de ataques ao governo do Estado e de cutucadas em Daniel Vilela, que o principal obstáculo à sua ambição de ser o candidato a governador com apoio da maioria da oposição em Goiás.

Caiado sugeriu que a vaidade do deputado do PMDB não pode atrapalhar a oposição a se unir em 2018: “Quando a gente acha que é o bam-bam-bam, o dono da bola, é que a gente erra. Na medicina eu aprendi que, quando a gente pisa na vaidade, o caminho é curto”. Daniel estava, na manhã deste sábado, a 403 km de Cidade Ocidental: mais exatamente em Jussara, onde coordenava uma reunião do PMDB.

O senador também voltou a defender a tese de que a oposição precisa escolher o seu eventual candidato único até março. “O adiamento da escolha do nosso nome é tudo o que o governo quer”, afirmou. Caiado prega que a sejam usadas pesquisas de opinião de voto para balizar a escolha do vencedor na luta entre ele e Daniel, algo que o deputado do PMDB não aceita por entender que a frente do senador nas pesquisas é mero reflexo do recall de campanhas passadas.