Um, o vice-governador José Eliton, do PSDB, vendido pelo seu esquema de marketing como “Zé Eliton”, apareceu abraçando criancinhas e beijando velhinhas. Outro, com cara de menino, o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, propôs o retorno do seu partido ao poder, do qual foi desalojado há 20 anos, apresentando a ideia como um “passo à frente”. O terceiro, Ronaldo Caiado, preferiu aproveitar o espaço para apresentar uma denúncia, a de que os hospitais estaduais estariam mergulhados no caos, coisa em que – pela leitura dos jornais nos últimos anos – ninguém acredita, já que não há pacientes sem atendimento, não faltam remédios e equipamentos e nem existem filas depois que as organizações sociais assumiram o sistema de saúde estadual.
Esse é o resumo das inserções dos três principais candidatos ao governo de Goiás, já colocado, na noite desta quinta-feira. E elas levam a uma inevitável conclusão: a política, em Goiás, está involuindo. Ou os políticos.
Trata-se de uma constatação espantosa: os três candidatos mais cotados para disputar o governo do Estado, em 2018, em pleno século 21, o século das redes sociais, aproveitam o horário nobre da TV para falar em banalidades, mostrar imagens demagógicas e fugir de qualquer abordagem séria sobre a visão que possuem para o futuro de Goiás.
O que leva a uma conclusão: alô eleitor goiano, estamos caminhando para trás. Não você, não nós, não a sociedade.
Eles.