Se assistiu à sessão desta sexta-feira da Comissão de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde municipal, o prefeito Iris Rezende (PMDB) arrependeu-se amargamente de ter rompido com o vereador Clécio Alves (PMDB).
Clécio arrebentou com a secretária de Saúde, Fátima Mrué. Esculhambou a auxiliar do prefeito. Destruiu.
O vereador, que é presidente da CEI, esfregou na cara dela documentos que mostram que o Ministério da Saúde repassou recursos para pagamento de hospitais, médicos e fornecedores credenciados ao SUS nos meses de setembro (dia 8) e outubro (dia 10 deste mês), mas que a prefeitura sumiu com o dinheiro.
Sumiu, no duro. Clécio perguntou cadê a grana cinco, dez vezes. A ponto de perguntar: “Será que eu tô falando em outra língua?”. Irritado, o vereador acusou a secretária de cometer crime (de improbidade).
Mrué, gaguejando, disse que já havia dado a sua resposta e que não teria mais nada a dizer.
Vale dizer que há uma portaria do Ministério da Saúde que EXIGE que o dinheiro do Ministério da Saúde seja repassado aos hospitais e fornecedores no máximo cinco dias depois de ele ter sido depositado na conta do município, o que não tem acontecido sistematicamente na gestão do prefeito Iris Rezende.