Escolhido pelo prefeito Iris Rezende (PMDB) para o cargo de assessor especial de Assuntos Internacionais da prefeitura de Goiânia (e nomeado nesta sexta-feira), o ex-padre César Garcia foi afastado da igreja Católica em 2014 depois de abençoar um casal gay na Paróquia São Leopoldo, na Capital.
A decisão foi comunicada, na época, pelo arcebispo da cidade, dom Washington Cruz. A bênção polêmica foi concedida no dia 20 de junho daquele ano, em evento em que dois arquitetos celebraram a união homoafetiva, que já dura 11 anos. César estava lá como convidado.
“Eles não pediram sacramento, não pediram nada disso, pediram uma oração”, afirma. O padre relata ter rezado o Salmo 83 da Bíblia e feito um discurso sobre “a grandeza do amor e o respeito às pessoas”.
Porém, fotos da celebração, que mostravam a presença do padre, foram publicadas em redes sociais e repercutiram entre os membros mais conservadores da Igreja. Um processo canônico no Tribunal Eclesiástico de Goiânia foi aberto para investigar o caso. Antes que a investigação fosse concluída, entretanto, o clero determinou o afastamento do padre por tempo indeterminado.