O desabamento de um viaduto em Brasília na última terça-feira é um convite para que nós, em Goiânia, reflitamos sobre as condições dos nossos viadutos – que volta e meia protagonizam notícias negativas e que estão caindo aos pedaços.
O viaduto da avenida T-63, inaugurado em 2008 e que custou R$ 18 milhões, é o mais decadente deles. Várias placas se soltaram – uma delas, que estava na parte de cima, caiu sobre o um carro -, o letreiro que dá nome à praça perdeu letras, os alagamentos são constantes e a presença de usuários de drogas, perene.
O túnel da avenida Araguaia, inaugurado com pompas e show do Jota Quest, virou um piscinão logo na primeira chuva. Ganhou nome de túnel lavajato. E o viaduto da Praça do Ratinho, pichado de cabo a rabo, já não tem as placas de revestimento metálico do projeto inicial há muito, mas muito tempo.
A quem caberia fiscalizar a prefeitura e exigir que se faça manutenção adequada? Ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). O problema é que o Crea, com Francisco Almeida, virou clubinho para os amigos tomarem chá. Não zela pela sociedade há anos.