A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal que investiga suspeitas de irregularidades na Saúde de Goiânia rejeitou, nesta segunda-feira, pedido de prisão contra a secretária de Saúde da Capital, Fátima Mrué, apresentado pelo vereador Jorge Kajuru (PRP). Kajuru alegava que Mrué deveria ser presa porque mentiu em depoimento à comissão.
O pedido de encarceramento foi antecipado no último domingo pelo Goiás 24 Horas. Esta foi a segunda vez que o pedido foi apreciado.
A MENTIRA
Na última semana, Mrué disse à CEI da Saúde que nem todos os pacientes conseguem vaga de UTI em Goiânia porque não há pactuação (espécie de acordo de transferência) entre Capital e alguns municípios. O Conselho de Secretarias Municipais divulgou nota com o desmentido.
“Goiânia é o município do Estado e da Região Centro Oeste com maior capacidade instalada e para tanto recebe R$ 523.864.668,98 (52%) do teto global financeiro do Estado R$ 1.229.807.127,26. Destes R$ 190.323.396,80 são para sua população própria e R$ 138.201.709,20 repassados pelos municípios através da pactuação entre os gestores para o atendimento dos seus munícipes. E ainda são transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde mais R$ 235.346.058,80 como reserva técnica para atendimento da sua população, da sua região e das demais regiões, sendo que todos os pacientes referenciados são sempre regulados pela própria Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia”, disse a nota.