Pacientes em estado grave estão à beira da morte na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Flamboyant, em Aparecida, porque não conseguem leitos de UTI nos hospitais de Goiânia. A tarefa de conseguir leitos é do prefeito Iris Rezende (MDB), mas o departamento de regulação (que realiza este trabalho), continua a funcionar muito mal.
Existem planilhas – já em poder da Polícia Civil – que mostram que a média de leitos desocupados e cadastrados ao SUS em Goiânia fica sempre em torno de 30% ou 40%, enquanto pacientes morrem à espera de UTI. Há suspeita de que existe um esquema de seleção de pacientes “mais lucrativos” para agradar os hospitais.
Uma das mães tentou ser forte na entrevista à TV Anhanguera, mas desabou ao comentar o relatório médico que diz que a filha, Layane Evelyn Pereira de Sales (auxiliar de produção de 31 anos), está em estado grave, sedada, entubada e sob risco de morte. “Agora minha filha está ali, não sei se ela sai viva, então é muito triste, é muito doído”.
Dona Aparecida Gonçalves, de 70 anos, está com água nos pulmões e precisa fazer uma cirurgia. O filho a levou para UPA há mais de uma semana, mas tudo o que conseguiu até agora foi fazer o raio-x.