Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
O jogo do presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, está claro. A estratégia dele é tensionar a relação com a base aliada para, na véspera das convenções, hipotecar o seu apoio à reeleição do governador José Eliton (PSDB) em troca a suplência de Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo Senado.
Vilmar aposta que Marconi será eleito e que – mais do que isso – em pouco tempo será convocado para missões políticas mais importantes, como servir a um eventual governo de Geraldo Alckmin (PSDB) como ministro ou disputar novamente o cargo de governador de Goiás, daqui a 4 anos. Confirmada esta previsão, Vilmar herdaria um mandato que não conseguiu conquistar nas urnas, em 2014.
Para atingir o seu objetivo, Vilmar afronta os prefeitos e deputados do seu partido – majoritariamente simpáticos à postulação de Eliton – e escancara as portas para uma composição com Daniel Vilela (MDB) e com seu desafeto Ronaldo Caiado (DEM). Vale dizer que, nos bastidores, tanto Daniel quanto Caiado disseram já ter percebido o jogo de Vilmar, mas que não vão encerrar o diálogo porque, em política, conversar nunca é demais.
Além de flertar com Daniel e Caiado para chantagear a base aliada, Vilmar também faz críticas duras a Eliton. De todos, este é o movimento mais delicado, porque os ataques impressos em páginas de jornal e publicados em blogs pode tornar o afastamento irreversível.