A Comissão de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal que investigou suspeitas de irregularidade da Saúde pública de Goiânia chega ao fim na próxima segunda-feira. Mas o seu encerramento não significa que o prefeito Iris Rezende (MDB) terá trégua em sua conturbada relação com o Legislativo. Assim que a CEI da Saúde acabar, um outra roubar os holofotes: a CEI da Educação.
Argumentos para instalação da Comissão não faltam, a começar pelas 13 obras de CMEIs paralisadas. Por se tratarem de projetos financiados com recursos da União, o Ministério Público Federal já está no encalço de Iris há meses. A oposição ao prefeito na Câmara deseja auxiliar na investigação (que pode resultar em indiciamento por improbidade).
Tem mais: auxiliares da Secretaria de Educação esperam há meses o prefeito Iris cumprir o que está previsto em lei e pagar o adicional de 30% no salário, que representaria um ganho de R$ 300 ao salário de R$ 1.045. Vale frisar: não é favor ou agrado do prefeito.
Sem falar no desmonte dos CMEIs, que funcionam com quadros de funcionários cada vez mais enxutos e que já chegaram ao ponto de dispensar alunos ao meio-dia por não ter servidores para trabalhar à tarde.
Por fim, um lembrete: comissões de inquérito todo mundo sabe como começam, mas ninguém sabe como terminam.