Obcecado com a ideia de disputar o Senado a qualquer custo – ainda que seja necessário aliar-se ao arquirrival Ronaldo Caiado (DEM), o presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, continua a rejeitar todas as tentativas de abertura de diálogo patrocinadas pelo governador José Eliton (PSDB).
A pedido do tucano, os deputados do PSD (que apoiam o projeto da base aliada por unanimidade) passaram os últimos dias tentando convencer Vilmar a conversar com o governador. Ocorre que o presidente do PSD sabe que na base aliada não terá espaço para disputar o Senado e, na avaliação dele, o projeto pessoal é mais importante do que o coletivo.
Vilmar não liga se todos os 16 prefeitos do PSD querem marchar com Eliton. Também não liga se o deputado federal Thiago Peixoto e os deputados estaduais Simeyzon Silveira, Francisco Júnior e Lucas Calil estão contra ele. Apesar de ser voz uníssona, o presidente do PSD quer tumultuar o processo enquanto puder.
A ele só interessa que o partido apoie Daniel Vilela (MDB) ou Caiado. Por isso aproveita-se do cargo para cavar espaço na imprensa com ataques ao governador. Desgastando Eliton, Vilmar tenta minar a sua perspectiva de poder e dinamitar as pontes que Thiago, Simeyzon, Francisco e Lucas esmeram-se para manter intactas.