No que diz respeito ao tratamento dispensado ao funcionalismo público, o atual mandato do prefeito Iris Rezende (MDB) segue o mesmo padrão de suas gestões anteriores, marcadas por conflitos, desentendimentos e sub-valorização da categoria.
É fato marcante que Iris caminha para metade do mandato sem ter concedido uma data-base sequer ao funcionalismo. Importante dizer que data-base nada mais que a correção dos salários com base no índice de inflação do ano anterior. Não é aumento. É somente o básico.
O piso salarial dos professores, que acaba de ser reajustado no plano estadual pelo governador José Eliton (PSDB), é outro assunto que não merece a menor atenção de Iris. Por ora, o magistério realiza assembleias e paralisações pontuais, mas sabe-se lá até quando a paciência da categoria vai durar.
Os servidores administrativos também exigem que Iris pague o adicional de 30% para os auxiliares administrativos, conforme previsto por lei. Não se trata de bônus ou caridade do prefeito, mas um plus a que todos os servidores da Educação têm direito.
Por fim, além da questão salarial existe uma queda-de-braço dos servidores públicos de Goiânia com o prefeito no debate sobre a Previdência. Iris quer jogar no colo do funcionalismo a conta de anos de desmandos e de ingerência no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM) aumentando a alíquota de contribuição previdenciária de 11% para 14%.
O MDB tem um triste histórico de embates com o funcionário público. Em 1983, Iris mandou 30 mil para sarjeta com um jamegão só. Pouco mais de uma década depois, Maguito Vilela afirmou que valorizar a categoria é como “salgar carne podre”. O trocou veio sempre nas urnas.