A declaração de apoio do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e do PP a Daniel Vilela transforma deputado num candidato a governador com altíssimo potencial para chegar ao segundo turno. Depois dos tradicionais PSDB e MDB, o PP hoje é o terceiro maior partido do Estado e o que mais cresceu nos últimos meses.
A força do PP emana principalmente de Baldy, que administra um orçamento bilionário e que é chamado em Brasília de “ministro das boas notícias”. Em oito meses como ministro, Baldy destinou para Goiás cerca de 1,5 bilhão em investimentos e a previsão é a de que pelo menos mais R$ 2 bi para saneamento e mobilidade cheguem até dezembro.
Além disso, o PP tem uma ampla bancada de deputados federais e vai agregar segundos importantes à propaganda de Daniel no rádio e TV. Só em Goiás são três federais: Heuler Cruvinel (indicado pela legenda para vice do MDB), Sandes Júnior (que era suplente de Baldy) e Roberto Balestra.
Há de se destacar também o potencial eleitoral do ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso, que chegou ao segundo turno da eleição para prefeito de Goiânia em 2016 e tem recall de votos a resgatar.
Daniel hoje orbita na faixa dos 10% das intenções de voto, mas parte considerável do meio político aposta que ele, em função do perfil jovem e das alianças sólidas, representa séria ameaça a Ronaldo Caiado (DEM) na disputa por uma das vagas no segundo turno contra a máquina do governo.