Na falta do que dizer quando o assunto é saúde pública, o senador Ronaldo Caiado (DEM) afirma que a sua proposta, caso seja eleito governador, é “regionalizar o atendimento”. Está equivocado: regionalização não é proposta. É, no máximo, uma diretriz (e que já está sendo adotada).
Proposta é o que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) fez em 2014, ao apresentar o projeto de criação dos Centros de Recuperação de Dependentes Químicos (Credeqs), ou de construção do hospital da região Norte, já inaugurado. Mais do que isso: Marconi prometeu um novo Hospital de Urgências para Goiânia e entregou (o Hugol).
Dizer que o atendimento de média e alta complexidade tem de ser regionalizado é tão banal quanto afirmar que o efetivo da polícia precisa aumentar. Não há quem discorde, mas falta quem execute.
Talvez por desinformação, Caiado suprime da sua narrativa o fato de que o governo de Goiás já toca o processo de regionalização da Saúde pública há décadas. Não só com os Credeqs e o hospital do Norte, mas com a estadualização de hospitais municipais, como o de Padre Bernardo, e principalmente com a rede de Unidades de Saúde Especializada (USE), em moldes muito parecidos com os AMEs de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo.