Iris Rezende (MDB) perdeu as eleições de 2010 e 2014 porque insistiu no discurso de que os goianos estavam “morrendo à míngua” no Estado. Os anos passaram e a oposição, com Ronaldo Caiado (DEM) e Daniel Vilela (MDB) à frente, continua a cometer o mesmo erro.
É fato que o governo enfrenta rejeição. Inclusive, são os goianos que desaprovam o governo os que hoje declaram voto em Caiado e Daniel. Mas daí a imaginar que a parcela da população refratária ao governo enxerga Goiás à beira do precipício… é exagero.
Mergulhados no caos estão, por exemplo, o Rio de Janeiro ou o Rio Grande do Sul, onde há anos o salário do servidor não é pago em dia. Goiás é o líder Ideb, o segundo colocado no ranking de geração de empregos, um sucesso na gestão de hospitais públicos, rodovias impecáveis. Que caos é este que Daniel e Caiado enxergam?
Na medida em que sobem o tom dos ataques, os dois candidatos de oposição restringem-se à parcela do eleitorado que é radicalmente contra o governo. Esta parcela é pequena. Por descuido e exagero, estão abrindo um flanco enorme de crescimento para José Eliton (PSDB).