“Esta pesquisa (Ibope) não tem credibilidade para o PSDB e nem fundamento. É ficha-suja”. A frase foi dita na véspera da eleição para governador de 2010 pelo então coordenador da campanha de Marconi Perillo (PSDB), Fernando Cunha. O resultado das urnas mostrou que Fernando tinha razão. Os números divulgados pelo Ibope estavam em completo desacordo com a realidade.
O instituto provocou um tsunami no meio político goiano ao informar que Marconi havia caído três pontos percentuais de forma repentina. No levantamento, ele apareceu com 42%, enquanto o adversário dele, Iris Rezende (MDB) teria chegado próximo aos 40%. O PMDB prenunciou que Iris viraria o primeiro turno na dianteira. Era mentira. O tucano fechou a primeira etapa da eleição com 46,32% e Iris com 36,37%. A diferença de um para o outro foi de 300 mil votos.
Este foi um dos maiores vexames da história do instituto, comparado apenas ao que protagonizou em 1998. Naquele ano, o Ibope cravou que Iris venceria a eleição para governador com 53% a 27% de Marconi, o que na época representavam 550 mil votos de frente. Apurados os votos, chegou-se ao placar de 40,4% para Marconi e 39% para Iris.
É com esta reputação arranhada que o Ibope voltou a movimentar o meio político nesta sexta-feira, com a divulgação de uma pesquisa que colocou Ronaldo Caiado (DEM) num cenário de vitória no primeiro turno e os adversários fortes – José Eliton (PSDB) e Daniel Vilela (MDB) – à distância. Acredita quem quiser.