O prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), divulgou conteúdo do dossiê com mais de 200 páginas, entregue na última terça-feira, 27, ao Ministério Público. O documento contém diversas irregularidades apuradas por cada secretário da nova administração.
O documento foi elaborado a partir de auditorias realizadas nas secretarias e foi entregue ao Promotor de Justiça Rony Alvacir Vargas, que não estipulou prazo específico para apuração do caso.
Entre as denúncias apresentadas, as que mais chamaram a atenção do prefeito foram o sumiço de todos os processos que tramitaram na Procuradoria Geral do Município, os documentos de cadastro da secretaria de Ação e Promoção Social que foram queimados, sucateamento das máquinas da Infraestrutura e a apuração de médicos e dentistas fantasmas.
De acordo com Jardel, desde quando assumiu a administração por causa da falta de transição vem enfrentando um caos administrativo-financeiro em Catalão. “Só a Santa Casa ficou dois meses sem receber, o Materno Infantil também ficou em atraso. Herdamos mais de R$ 5 milhões em dívidas do PMDB. Só na área patronal mais de R$ 1 milhão, Pró-saúde cerca 700 mil.”
Assim que assumiu a prefeitura no dia 1º de janeiro, Jardel Sebba determinou aos secretários que fizessem um diagnóstico de contratos e possíveis problemas de improbidade em suas pastas. “Não tivemos transição, isso nos prejudicou. Pedi 120 dias para colocar a casa em ordem. Tivemos que instaurar uma investigação criteriosa para saber como a máquina administrativa da cidade foi deixada pelo ex-prefeito”, justificou o prefeito.
“Ninguém é culpado ou inocente a não ser com provas. E nós levamos ao MP as provas os documentos e os problemas que encontramos. Cabe ao Ministério Público tomar as devidas providências.”