sábado , 27 abril 2024
GoiásImprensa

Bomba: em entrevista à Folha de S.Paulo, Caiado ameaça fechar escolas, hospitais… se Lei de Responsabilidade Fiscal não for alterada

Ronaldo Caiado radicalizou. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o governador eleito ameaçou fechar escolas e hospitais se a Lei de Responsabilidade Fiscal não for alterada para permitir mais gastos aos Estados. “Estamos sem condição nenhuma de atender às necessidades básicas dos estados, porque não temos empréstimo, não temos aval da União, arrecadação capaz de arcar com as despesas. Então, sinto muito, vou ter que fechar escola, hospital…”, disse o demista.

O repórter rebateu dizendo que “Isso é ameaçar a população com o fechamento dos serviços públicos em troca de apoio…”

Caiado não recuou e continuou defendendo a mudança na LRF, considerada de forma unânime a legislação mais avançada em termos de controle fiscal da gestão pública.

Veja:

O sr. acha que haverá apoio popular para flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal para que os estados gastem mais?

Estamos sem condição nenhuma de atender às necessidades básicas dos estados, porque não temos empréstimo, não temos aval da União, arrecadação capaz de arcar com as despesas. Então, sinto muito, vou ter que fechar escola, hospital…

Isso é ameaçar a população com o fechamento dos serviços públicos em troca de apoio…

Não é questão ‘de’, é questão de que você vai perceber isso como cidadão. Por que não podemos ceder mais aqui [Lei de Responsabilidade Fiscal] se estamos entrando no governo agora?

Bolsonaro falou objetivamente que vai flexibilizar a lei? Qual seria a mudança?

Objetivamente, não. Por isso eu trabalharei fortemente esses 50 dias que temos antes do recesso. Se é possível mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal, por que não? Mesmo que ela tenha um prazo determinado. Entre elas [mudanças], a questão do teto, quais os cortes que deverão ter, as exigências para o governador ter o aval da União…

O presidente eleito sinalizou que está estudando essa proposta?

Ele disse que a situação do governo federal também é difícil, mas que aquela demanda feita por nós tinha que ser estudada pela área econômica.