Na Câmara de Goiânia, a credibilidade do vereador Kleybe Morais é comparada com uma nota de 3 reais. E o apoio dele a qualquer candidato a presidência da Casa pesa contra, muito contra, do que um posicionamento a favor. O vereador é investigado pela Polícia Federal por suspeita de compra de votos em troca de cargos na Secretaria Municipal de Educação.
Veja matéria a respeito no Jornal Opção:
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) aguarda finalização de inquérito da Polícia Federal para decidir se oferece, ou não, denúncia contra o vereador de Goiânia Kleybe Moraes (DC). Denúncias apontam que Kleybe comprou votos de eleitores em troca de cargos na Secretaria Municipal de Educação (SME).
De acordo com a promotora Emeliana Rezende de Souza, da 44ª Promotoria de Justiça, há fortes indícios de que o crime tenha sido praticado. “A denúncia veio acompanhada de vários documentos, inclusive com relação de nomes de pessoas que trabalharam na campanha do vereador e que preencheram cargos na SME posteriormente”.
Emeliana reportou o caso à Polícia Federal que está com inquérito em andamento e que deve ser concluído até o final do mês. A investigação de número 1003/2018-04 está a cargo do delegado Yuri Ramalho Dantas.
O Jornal Opção entrou em contato com a Polícia Federal que alegou que a investigação corre em sigilo e que, por isso, maiores informações não poderiam ser repassadas.
A promotora Emeliana conta que recebeu a denúncia por meio de encaminhamento de outra promotoria: a 50ª, coordenada pela promotora Leila Maria. Lá, outra investigação apura também a prática do crime de improbidade administrativa relativa, inclusive, ao secretário de Educação Marcelo Costa.
O Ministério Público, no entanto, arquivou a representação que pedia a cassação do mandato do vereador. Isso porque, de acordo com a promotora, a lei estabelece que a ação só poderia ter sido instaurada até o momento da diplomação de Kleybe, prazo expirado ainda em 2016.
O Jornal Opção entrou em contato com o vereador Kleybe Morais que informou que está ciente das investigações e que se sente mais aliviado com o fato da Polícia Federal eestar á frente do caso, já que considera a instituição de “muita credibilidade”.
“Eu já fui lá [ na sede da PF em Goiás] duas vezes, prestei esclarecimentos, eles fizeram as diligências deles. Eu fui investigado também pelo Ministério Público, pela Justiça eleitoral. Até onde eu sei está tudo controlado”.
O vereador enxerga as denúncias como uma forma de retaliação. “São pessoas que trabalharam na minha campanha e depois de eleito, queriam trabalhar comigo no gabinete. Mas, não tem espaço pra todo mundo e aí saíram plantando essas histórias”, finalizou.