O jornalista Afonso Lopes resume em quatro linhas da última análise publicada em seu blog o estado de espírito dos aliados do senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) diante da demora do demista em anunciar os nomes do primeiro escalão de seu futuro – quase atual – governo. Único governador que ainda não anunciou nenhum nome sequer de sua equipe, Caiado é uma esfinge sobre o secretariado: diz ter mais da metade dos nomes na cabeça, mas nem mesmo os interlocutores mais próximos, entre eles aqueles que têm assento certo na gestão, são capazes de decifrar o mistério.
Afonso relata: “O resultado dessa equação silenciosa é que os aliados dele, diretamente interessados nas parceladas do poder palaciano, especulam pra todo lado, e de certa forma esperneiam também. Estão, como se pode dizer, à beira de um ataque de nervos”. Preciso, o jornalismo afirma, no parágrafo anterior: “Se chegar ao governo sempre foi, digamos assim, um sonho de consumo de Caiado, por que ele não anunciou um único nome?”. A equipe de Caiado corre, assim, o risco de começar a gestão, dia 1.º de janeiro, completamente à deriva.
“Oficialmente, Caiado diz que antes de falar sobre os nomes daqueles que devem ajudá-lo a governar ele precisa de um diagnóstico sobre o que irá encontrar pela frente. Do ponto de vista prático, não faz tanto sentido assim. Ele só vai saber realmente o que terá pela frente após adentrar o Palácio”, afirma Afonso.
Só Fabiana (ou Poliana) Pulcineli não vê isso.