Era para ser o lançamento do Mutirão contra o Aedes, o mosquito da dengue, mas acabou se tornando um Mutirão contra Andrey Azeredo (MDB), o presidente da Câmara de Goiânia. Isolado na disputa pela mesa diretora do Legislativo, na qual ele insiste em ser candidato à reeleição, o vereador foi sozinho ao evento da prefeitura, comandado pelo prefeito Iris Rezende, seu padrinho político. Nenhum vereador acompanhou o presidente na agenda.
Entre os atributos naturais de um líder político forte e competente está a capacidade de arrastar apoiadores, aliados e auxiliares. Quando o presidente de um poder como a Câmara de Goiânia, com sua força e peso políticos inquestionáveis no Estado, anda só é porque muita coisa não vai bem. O isolamento de Andrey é resultado de uma gestão classificada pelos colegas vereadores como autoritária, personalista e subserviente ao prefeito.
A busca da autonomia é outro atributo natural dos bons líderes que procuram representar bem seus apoiadores e aliados. Por isso a candidatura do Grupo dos 21 avança na Câmara de Goiânia: o grupo quer eleger um presidente independente, mas que não faça oposição ao Paço Municipal. O isolamento de Andrey mostra que o mutirão de vereadores caminha na direção contrária à da dele.